sexta-feira, abril 13, 2012



Há dias assim... como os lugares! Um baralho de ramos,secos, sem verde, sujeitos ao vento frio de um Inverno tardio. Dias em que a Primavera é uma utopia e lá fora apenas umas flores resistentes ao vento, lembram a data em que a brisa sopra. A chuva é uma ameaça, o frio uma realidade, o vento um empecilho, apenas entre ramos um velho candeeiro mostra que a luz ainda se acende, mesmo de noite, com o frio a agravar, com a chuva a aparecer, de gotas finas como agulhas que espetam e dói. Há luz, há sempre uma luz, mesmo quando a escuridão é paisagem há sempre a lua que nos ilumina com o seu brilho.
Os ramos estão secos, porque é o Inverno da Primavera, mas a luz, sim esta e todas as outras que iluminam vidas, nunca se negam a acender para mostrar que mesmo entre ramos secos, mesmo entre nuvens escuras, mesmo entre cinzentos, há sempre um brilho à nossa espera... só temos que saber onde está o botão do candeeiro.

Foto: Marly le Roy, França
Quando: 13 de Abril de 2012
Quem: Eu, no fundo sou só eu, Janete Marques Gameiro