quinta-feira, novembro 24, 2011



E cai de mansinho... como caem as arvores!
É assim que se cai, de mansinho, ao de leve e quando menos se espera. Os sentimentos, as tristezas, as alegrias, as dores, as memórias, as gargalhadas e todos os outros momentos ficam eternizados, no meu pequeno mundo, nas minhas pequenas memórias.
Se mereço? Sei que sim, porque nada acontece por acaso, o destino não está escrito, escreve-se e eu palavreio o meu, tal como desenho este espaço estrelado!
A minha frente tenho um deserto, vazio, quente, incerto. Um destino. Uma certeza... que algo nos espera. O destino.
O tempo é meu inimigo, não era, mas começa a sê-lo. O destino pergunta-me que horas são, todos os dias, todas as horas, todos os minutos. Questiona-me sem saber porque o faz, mas eu sei, para me dar o olhar perdido em anos de escuridão, para me dar o alento que já não sei o que é, conquistar o regaço, perder esta inocência, encontrar um novo luar, uma nova estrela para boleia apanhar...
O destino... é palavreado por mim, por cada linha que traço, por cada sorriso que esboço, por mim... por alguém!

O deserto do Principezinho
Janete Marques Gameiro
24 de Novembro de 2011